segunda-feira, 31 de outubro de 2011

31/10/2011 - 16h03

Expedição inédita investiga fundo do mar Morto

DE SÃO PAULO
A agência de notícias Reuters divulgou nesta segunda-feira fotos da expedição inédita no mar Morto.
Neste ano, cientistas descobriram fontes de água doce saindo de crateras com cerca de 5 a 8 metros quadrados de profundidade, além de uma "mistura" de micro-organismos que vivem em fissuras no fundo do mar. Detalhe: em quantidades e variedades surpreendentes que animam os exploradores.

Ronen Zvulun/Reuters
Pesquisador alemão mostra amostras retiradas do mar Morto; esta é a primeira expedição científica no local
Pesquisador alemão mostra amostras retiradas do mar Morto; esta é a primeira expedição científica no local
Os trabalhos estão sendo realizados em parceria por duas equipes: os alemães do Instituto de Microbiologia Marinha Max Planck e os israelenses da Universidade Ben Gurion.
O mar Morto está desaparecendo rapidamente. A cada ano, ele perde cerca de 1 metro de água em forma de vapor. Parte do problema é o rio Jordão, que abastece o mar Morto, mas cujas águas estão sendo exploradas para consumo humano.
A pesquisa atual pretende medir a capacidade das fontes de gerar água doce para o mar Morto. Apesar de as águas dele serem as mais salinas do mundo, ele é composto também de água doce.

Comentário: Come stas descobertas, e as pesquisas que estão sendo feitas podera se medir a capacidade das fontes de gerar água doce para o mar Morto.

Link:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/999494-expedicao-inedita-investiga-fundo-do-mar-morto.shtml
24/10/2011 - 19h47

EUA e Brasil planejam satélite conjunto para observar ecossistemas do planeta


Cientistas do Brasil e EUA apresentaram hoje a proposta de um satélite para entender melhor a dinâmica entre a atmosfera e os ecossistemas do planeta. O projeto ajudará, no Brasil, a determinar com mais precisão como a Amazônia está reagindo ao aquecimento global e ao seu próprio encolhimento.
O satélite, batizado de GTEO (Observatório Global de Ecossistemas Terrestres), terá uma câmera infravermelha capaz de separar dados com uma precisão sem precedentes. Enquanto satélites de observação brasileiros captam esse tipo de radiação em dez faixas de frequência diferentes, o novo instrumento seria capaz de enxergá-las em 250 faixas distintas.
Segundo um relatório-proposta que os centros de pesquisa brasileiro e americano prepararam, o novo satélite seria a primeira missão global de mapeamento "biogeoquímico" da terra. O custo estimado do projeto é de US$ 250 milhões. A contraparte brasileira do projeto, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), providenciaria US$ 100 milhões, e a Nasa (agência espacial dos EUA), providenciaria US$ 150 milhões.
O documento afirma que os instrumentos do novo satélite têm precisão suficiente para "estabelecer uma medida de linha de base da composição bioquímica do ecossistema terrestre". Os dados ajudariam a "reduzir a incerteza em prever as reações do ciclo de carbono e de ecossistemas à variabilidade climática".
Ao enxergar emissões de radiação infravermelha com detalhamento, o satélite poderia medir aspectos da vegetação como a concentração de clorofila e de celulose nas folhas, a umidade, a concentração de nitrogênio nas copas das árvores e as emissões de carbono.
"Isso vai permitir ver o nível de estresse sob o qual a vegetação está", diz Gilberto Câmara, diretor do Inpe. Segundo o cientista, será possível determinar com mais precisão se existe um ponto-de-virada do desmatamento -- a quantidade de floresta que pode ser extraída sem que o bioma da Amazônia seja comprometido como um todo. Não existe consenso hoje na academia sobre se esse ponto existe ou não, e qual é o seu valor.
Pela proposta inicial, o GTEO decolaria em 2016 e permaneceria em órbita por dois anos. A Nasa seria a responsável por construir os instrumentos científicos do satélite. O Inpe fabricaria a estrutura do satélite e seu sistema de posicionamento. O lançamento seria feito em um foguete "de aluguel" russo.
Câmara afirma que a resposta sobre o projeto está agora nas mãos da Nasa, mas declara que a chance de aprovação é "maior do que 50%". Segundo Robert Green, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, uma reposta deve sair até abril do ano que vem.
A agência americana, porém, ainda está se desdobrando para encaixar outros projetos em seu orçamento científico, que teve de ser refeito após um estouro de gastos com o Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble.
Charles Bolden, administrador-chefe da Nasa, visita o Brasil na quinta-feira, onde deve falar sobre esse e outros projetos de colaboração.

Comentário: Com estes satelites  coletram dados ajudariam a "reduzir a incerteza em prever as reações do ciclo de carbono e de ecossistemas à variabilidade climática".

Link: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/995922-eua-e-brasil-planejam-satelite-conjunto-para-observar-ecossistemas-do-planeta.shtml
20/10/2011 - 08h58

Radioterapia evita volta de câncer de mama

Um estudo com mais de 10 mil pacientes com câncer de mama mostra que o uso de radioterapia após a cirurgia corta pela metade o risco de volta do tumor em dez anos.
A pesquisa foi publicada hoje na revista médica inglesa "Lancet".
O trabalho, o maior já feito até agora sobre o tema, reúne dados de mulheres que participaram de 17 estudos sobre radioterapia após a realização da cirurgia que conserva as mamas. Uma outra opção é fazer a retirada total.
Após os dez anos da pesquisa, 35% das mulheres que não fizeram radioterapia sofreram uma volta do tumor.
Nas que fizeram o tratamento, 19% voltaram a ter a doença em algum momento.
Segundo os autores, o trabalho mostra que a radioterapia reduz a mortalidade por câncer de mama, porque mata focos microscópicos do tumor que podem causar sua volta ou uma metástase.

Comentário: O câncer de mama é a segunda doença que mais mata entra as mulheres, com este estudo  há uma chance maior de ele não voltar em dez anos, traz mais sugurança para aquelas que já passaram por isso.

Link:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/993706-radioterapia-evita-volta-de-cancer-de-mama.shtml
13/10/2011 - 09h03

DNA de 'rato pelado' traz pistas para estudos antivelhice

Será que o segredo da juventude eterna se esconde no DNA de um rato pelado? Colocada nesses termos, a possibilidade parece absurda, mas o genoma do roedor desnudo em questão --o rato-toupeira-pelado, ou Heterocephalus glaber, como preferem os cientistas-- talvez traga pistas importantes sobre como mamíferos como eles e nós envelhecemos e lidamos com o câncer.
Isso porque essa criatura sui generis, cujo DNA decifrado está sendo apresentado na edição de hoje da revista científica "Nature", é o Matusalém dos roedores.

Arte
Enquanto ratos mais vagabundos, como os que povoam esgotos e biotérios de universidades, têm expectativa de vida de uns dois anos, o H. glaber, nativo da savana da África Oriental, pode até chegar à casa dos 30.
À PROVA DE CÂNCER
O bicho aparentemente consegue isso sendo extremamente refratário a tumores, por exemplo. Em laboratório, os pesquisadores têm até dificuldade de induzir a formação de cânceres na espécie.
Também é quase imperceptível o processo de envelhecimento das criaturas. A mortalidade não aumenta com a idade (menos quando se chega perto da longevidade natural do bicho, claro), e a fecundidade também é alta durante a vida toda.
Alta, quer dizer, para os poucos ratos-toupeiras-pelados que conseguem se reproduzir.
Ocorre que o bicho é o paralelo mais próximo com os insetos sociais (como abelhas e formigas) no mundo dos mamíferos. Isso significa que, como as abelhas, os ratos têm "rainhas" --e elas são as únicas fêmeas do grupo que se tornam mães.
Grandalhonas --de novo, assim como ocorre com as abelhas-rainhas--, as fêmeas reprodutoras têm características hormonais especiais, suprimindo o desenvolvimento das companheiras.
A rainha se une a um pequeno número de machos, enquanto o resto da colônia é estéril, adotando funções de operários (abrindo os túneis onde os bichos vivem) ou soldados (defendendo o grupo de invasores).
SEGREDO NAS PONTAS
Essa lista de características únicas pode ser vista por um novo prisma graças ao genoma recém-soletrado, trabalho que foi coordenado por Vadim Gladyshev, da Escola Médica de Harvard (EUA).
Para começar, os pesquisadores verificaram que, entre os genes do bicho que os diferenciam dos demais mamíferos, estão os que coordenam a estrutura dos telômeros --as pontinhas dos cromossomos, os quais abrigam o material genético. Os telômeros estão justamente ligados à divisão e ao envelhecimento das células.
A tendência é que, conforme as células se dividem e envelhecem, os telômeros encurtem --e isso leva a uma série de problemas bioquímicos. Os bichos, pelo jeito, acharam um modo de contornar esse fenômeno comum.
Os dados de DNA também indicam que a criatura é mais eficiente na hora de fazer uma faxina nas proteínas do organismo que sofreram danos. E também mantém em funcionamento pleno as mitocôndrias, usinas de energia das células, durante todo o seu período de vida.
Finalmente, os pesquisadores liderados por Gladyshev também acharam genes que ajudam o bicho a sobreviver em condições de baixo teor de oxigênio. Agora, o desafio é aplicar os dados em estudos sobre doenças que afetam seres humanos.
TEÓRICO PREVIU BICHO
Quem diz que a teoria da evolução é incapaz de fazer previsões sobre uma forma de vida que ainda está para ser descoberta deveria ser apresentado aos ratos-toupeiras-pelados.
Isso porque, nos anos 1970, o zoólogo americano Richard Alexander sugeriu que hábitos sociais como os de abelhas e formigas poderiam muito bem evoluir entre mamíferos, se as condições fossem adequadas.
Para que isso ocorresse, ele afirmou que a espécie em questão teria de ser um roedor, vivendo debaixo da terra nos trópicos africanos, em ninhos facilmente defensáveis e com fonte de comida abundante na forma de grandes tubérculos.
Na época, os ratos eram conhecidos, mas nada se sabia sobre seus hábitos. Alexander estava certo.

Comentario: Com pesquisas como estas podemos  encontrar uma cura muito mais eficas contra o câncer, e algo que possa retardar o envelhecimento.

Link:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/989911-dna-de-rato-pelado-traz-pistas-para-estudos-antivelhice.shtml
06/10/2011 - 14h07

Peixe saltador pode dar pistas sobre processo evolutivo

Um improvável ato de "ginástica aeróbica" feito por um peixe pode dar pistas para pesquisadores de como os animais aquáticos passaram a viver na terra.
Cientistas descobriram que há pelo menos diferentes seis tipos de peixe que são capazes de se lançar no ar a partir de uma superfície sólida.

BBC
Estudo diz que peixes saltadores são amostra da evolução que marcou a transição da vida entre a água e a terra
Estudo diz que peixes saltadores são amostra da evolução que marcou a transição da vida entre a água e a terra
Uma equipe de pesquisadores que publicou detalhes sobre o experimento na revista especializada "Journal of Experimental Zoology" afirmou que os animais saltadores dão uma amostra do processo evolutivo que marcou a transição da vida na água para a terra.
A cientista que comandou a pesquisa, Alice Gibb, da Northern Arizona University, ficou surpresa ao constatar que todas as espécies estudadas são capazes de saltar.
Isso sugere que, em vez de uma rara adaptação que se deu em algumas poucas espécies, a habilidade de saltar em terra é comum entre os peixes ósseos.
Por isso, ela acredita que mais parentes aquáticos dos peixes ósseos podem ter migrado para a terra do que o que se pensava anteriormente.
"Na minha visão, isso deve induzir a um novo estudo de fósseis", afirmou Alice Gibb à BBC.
SALTADOR
A cientista e um grupo de analistas estão se concentrando particularmente em peixes, já que eles estão tentando reconstituir como as espécies modernas evoluíram e como elas estão relacionadas.
O peixe anfíbio chamado Mangrove rivulus, que passa a maior parte do tempo na terra, inspirou o estudo.
"Quando tentamos mover esses peixes dentro do laboratório, utilizando redes, eles pulavam da rede e saltavam de volta para o tanque", recorda a pesquisadora.
Isso fez com que a cientista ficasse curiosa em saber se a habilidade de se lançar no ar era algo próprio à espécie que evoluiu a ponto de ela passar parte do tempo na terra.
Ela e sua equipe estudaram seis espécies distantes de peixes, colocando-os em uma superfície plana e filmando-os com uma câmera de alta velocidade.
"Todos os animais que estudamos tinha a habilidade de pular", afirma Alice Gibb.
"Uma descoberta particularmente intrigante quando eles examiram as filmagens foi que o peixe-mosquito (Gambusia affinis) e o peixe-zebra (Danio rerio) utilizam o mesmo tipo de técnica de 'dobrar a cauda'" para realizar seus saltos impressionantes.
"O último ancestral em comum das duas espécies viveu há aproximadamente 150 milhões de anos, o que sugere que esse tipo de comportamento já ocorre desde pelo menos essa época."

Comentário: Quanto mais estudos forem feitos nesta área, mais saberemos o que aconteceu para que hoje esteja como tudo esta.

Link:  http://www1.folha.uol.com.br/bbc/986487-peixe-saltador-pode-dar-pistas-sobre-processo-evolutivo.shtml

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

27/09/2011 - 15h12

Baleia semialbina é avistada no litoral de SC

Um filhote semialbino de baleia franca foi avistado segunda-feira (26) na praia de Itapirubá, entre os municípios de Imbituba e Laguna, no litoral sul de Santa Catarina.
As baleias semialbinas nascem brancas e, com o tempo, escurecem até atingir uma cor acinzentada. Elas não ficam totalmente pretas, como as baleias francas mais comuns.
O gerente de campo do Projeto Baleia Franca Brasil, Rodrigo de Rosa da Silva, diz que, pelo tamanho e pela coloração da pele, o filhote deve ter nascido há cerca de um mês. Esse é o primeiro registro de nascimento de baleia franca semialbina no Estado neste ano. "Registramos também indivíduos juvenis durante o sobrevoo, o que demonstra que esses casos vêm aumentando em águas brasileiras nas últimas temporadas", diz.
Segundo Karina Groch, diretora de pesquisa do projeto, o sobrevoo do dia 10 de setembro registrou o segundo maior recorde desde 1987. Foram avistadas 172 baleias entre as praias do sul de Florianópolis e a de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul. A maior ocorrência data de 2006, quando o projeto avistou mais de 200 animais na mesma região.
Todos os anos, na temporada de julho a novembro, as baleias francas --que têm, em média, 15 metros de comprimento e cerca de 60 toneladas-- aparecem no litoral catarinense em busca de um ambiente mais quente e livre de predadores.
"Elas vêm todos os anos e têm seus filhotes aqui. As águas são mais quentes e mais protegidas, sem predadores naturais, como orcas e tubarões", diz Groch.
A diretora diz ainda que as fêmeas adultas ficam nas praias de Santa Catarina por cerca de dois meses, até que seus filhotes estejam prontos para voltar ao habitat natural, na Antártica.

Comentario: Ha muitas ocorrencias de baleias encalhando pelo fato de ficarem nas praias de Santa Catarina por cerca de dois meses, até que seus filhotes estejam prontos para voltar ao habitat natural.

Link:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/981712-baleia-semialbina-e-avistada-no-litoral-de-sc.shtml
21/09/2011 - 09h31

Substância encontrada em tubarão detém vírus da hepatite B

Vem da biodiversidade marinha uma nova e potente arma contra os vírus de doenças como a febre amarela e a hepatite.
Trata-se de uma molécula que impede que os vilões microscópicos consigam grudar nas células que atacam, dificultando infecções.
O resultado não seria uma vacina contra os vírus, mas um medicamento potente, capaz de enfrentar os primeiros ataques virais contra o organismo e rebatê-los, reduzindo muito a chance de problemas de saúde para o doente.

Arte
A substância protetora é a squalamina, assim batizada por causa do pequeno tubarão Squalus acanthias, que mede 1 m de comprimento. Ela também é encontrada no sistema de defesa do organismo de uma lampreia (estranho peixe cuja boca parece uma ventosa).
Contra uma série de vírus, entre os quais o da febre amarela e o da hepatite B, injeções de squalamina chegaram até a zerar a contagem viral (ou seja, o número de vírus no organismo) dos animais estudados pela equipe.
Os testes foram feitos com hamsters e camundongos, e também com células cultivadas no tubo de ensaio.
Embora a pesquisa seja preliminar, os especialistas afirmam que há boas chances de a molécula começar a ser testada em breve em seres humanos para enfrentar vírus. Ocorre que ela já alcançou o nível de testes em pessoas para outros fins, como combater tumores.
Por isso, os níveis da substância considerados seguros para seres humanos já são bem conhecidos, entre outros detalhes importantes. Além disso, a indústria já sabe como produzir a substância em grande escala --não será preciso capturar tubarões e lampreias para obtê-la.
ESCUDO
A chave para o sucesso da squalamina está na curiosa interação que ela tem com a membrana que circunda as células. Essa membrana é o portal para o interior da célula e, por ela, entram tanto nutrientes como vilões, como vírus e outros invasores.
A molécula dos tubarões consegue mexer com o equilíbrio elétrico da membrana quando a atravessa. E faz isso sem causar danos aparentes às células que adentra.
Ao fazer isso, ela dificulta a vida dos vírus, porque eles não conseguem "aprender" a se ligar à membrana alterada. Assim, eles têm dificuldade para entrar na célula ou, se já estão dentro dela, não conseguem sair para invadir outras células do organismo.
Um dado importante é que essa atividade protetora da substância parece valer para vários tipos de vírus.
O estudo está na revista científica americana "PNAS".

Comentário: Com estudos como estes a muitas doenças podem ser prevenidas e tratadas sem muitos danos e efeitos colaterais a saúde do paciente.

Link:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/978489-substancia-encontrada-em-tubarao-detem-virus-da-hepatite-b.shtml